Maior tempo diabético insulino dependente
Professor e médico Rogério Francisco Corrêa de Oliveira, que entra para o RankBrasil, é um exemplo de luta pela vida
Nascido em 1932 e diabético sem nenhuma complicação desde 1935, o professor e médico Rogério Francisco Corrêa de Oliveira é um exemplo de luta pela vitória que conquista a cada dia.Em 07 de novembro de 2006, ele completa 71 anos de dependência de insulina e por este diferente recorde entra para o RankBrasil. Sua diabetes do tipo 1 apareceu aos três anos de idade, quando seus pais estavam de férias em Lisboa.
Atualmente, aos 73 anos, além de professor de pós-graduação em Endocrinologia da Universidade Estácio de Sá, é professor-orientador no Hospital da Lagoa e ainda atende em consultório particular.Ele consegue ser médico e paciente, misturados em uma só pessoa, demonstrando que, com disciplina e força de vontade, é possível ter uma vida plena e proveitosa.
Na rotina diária deste pai, professor e médico, inclui-se atividades físicas, dieta balanceada e agradável, automonitorizações frequentes, monitorizações laboratoriais e outras dicas que é possível encontrar em seus quase oito livros publicados, já que o último está em correção final.“Acho que mostrei ao mundo que sou um diabético consciente, logo, bem controlado, e sempre apontei o caminho para se conseguir isto”, destaca.
Mensagem aos diabéticos
“Sem os diabéticos, a vida seria menos doce e é por eles que trabalho e mantenho as minhas ambições”, comenta Rogério, na contra capa do livro ´Eu e a Diabetes´, da Editora Ciência Moderna. A obra relata, de maneira leve e fácil leitura, as formas de lidar com a situação.
Tanto nas suas entrevistas ou nas palestras, ele procura estimular diabéticos a se controlarem bem e levarem uma vida produtiva. “Lembro que saúde é uma conquista diária e que disciplina é a quantidade de amor que cada um se dedica por dia. Não devemos nos preocupar e sim nos ocupar”, comenta.
´O Doce Amargo da Vida´, lançado em 1992 pela Editora Nova Fronteira, enfatiza o depoimento de um médico que aprendeu a conviver com o diabetes, falando sobre uma infância feliz e infeliz, juventude problemática e por fim, as vitórias, a coragem de prosseguir e como a vida continuou.
Na prática
O recordista fez a primeira Colônia de Férias para crianças e adolescentes diabéticos em 1978. Deu cursos, aulas, entrevistas, escreveu livros de autoajuda e produziu 168 trabalhos médicos, destes, muitos foram apresentados em congressos nacionais e estrangeiros.Ele também organiza congresso de diabetes, curso continuado para diabéticos e familiares, e ainda luta por patrocínios, para pesquisas de células tronco para diabéticos e idosos.
Redação: Cristina Cadari
Revisão: Fátima Pires