Angelo Spricigo, de 99 anos, entra para o RankBrasil em 2014 com a Maior coleção de máquinas de costura do país. Localizado em Concórdia (SC), o acervo é um museu que possui 1.080 unidades.Em 1997, após o falecimento da esposa, enquanto Angelo guardava as coisas da companheira com carinho, consertou duas máquinas que a pertenciam. Depois disso, pegou gosto pela atividade e naquele ano, mesmo ainda sem saber, começava a coleção que seria um museu.
Ele começou a comprar máquinas e receber equipamentos de amigos. No entanto, nunca vendeu nenhuma delas e realizava apenas consertos na coleção. O recordista fez do museu uma forma de preencher o vazio que sentia com a falta da mulher.Para doar uma máquina, basta entrar em contato que eles pagam o frete, mas é importante que junto com o equipamento seja enviada uma foto e um texto contando a história do antigo dono. Desta forma, é possível preservar a memória das pessoas.
Os fiscais do RankBrasil estiveram em Concórdia no dia 25 de abril e realizaram a contagem e conferência das unidades. Para Angelo, o recorde nacional é uma felicidade. “É uma honra, pra mim é uma satisfação muito grande”.
O Museu Angelo Spricigo fica na Rua Romano Anselmo Fontana, número 346, no centro da cidade. O horário de visitação é das 14h às 18h nas quintas e sextas-feiras, exceto feriados.
O local recebeu aproximadamente 400 visitas no ano passado segundo Valdecir Giotto, gestor do museu.
Neto Valdecir Giotto (à direita) entrega troféu para recordista Angelo Spricigo (centro) acompanhado pelo fiscal Luciano Cadari (à esquerda)/ Foto: RankBrasil
Aniversário
As comemorações do aniversário de Angelo são realizadas de 24 a 27 de abril por amigos e familiares. Vários eventos homenageiam a vida e obra do colecionador, que conserva as máquinas com tanto carinho.De acordo com Valdecir Giotto, gestor do museu e neto do recordista, os familiares preservam o museu com carinho porque é a história de Angelo. “Ele é uma referência da família, pela pessoa humilde que é, por toda sua história de vida e também por ser um homem muito religioso”.
Máquinas doadas preservam a memória dos antigos proprietários com foto e detalhes sobre o equipamento/ Foto: RankBrasil
História de vida
O colecionador nasceu no dia 24 de abril de 1915, em Urussanga, na região sul de Santa Catarina. Filho de imigrantes italianos, passou a infância e adolescência trabalhando na roça e enfrentou dificuldades para estudar.Quando a família Spricigo mudou-se para o distrito de Nova Veneza, no município de Criciúma (SC), conheceu e se apaixonou por Maria de Oliveira, que lecionava para crianças na cidade. Apaixonado, o casal se casou em 1935.
Angelo que era agricultor até então, abriu uma sapataria e adotou a profissão de sapateiro. Em 1936, o lar recebeu a alegria do primeiro filho. Tiveram nove ao todo: Leonides, Eni, Ilsa, Antônio, José, Evaldo, Aldo, Paulo e Renato. O casal ainda teve 19 netos e 10 bisnetos.Em 1951, ele começou a se interessar por construção civil e trabalhar como pedreiro. Tornou-se mestre de obras e construiu vários edifícios. Angelo contava com a ajuda de operários, mas também era carpinteiro, armador de ferragens e pedreiro quando era preciso.
Primeira máquina da coleção do Museu de Angelo Spricigo que pertencia a esposa do recordista Maria de Oliveira/ Foto: RankBrasil
Aposentou-se em 1972 quando teve problemas sérios de visão. Impossibilitado de trabalhar por orientações médicas, comprou um violão e costumava encontrar os amigos na praça Dogelo Goss. O recordista também toca violino, teclado e órgão.
Com o passar dos anos, sentiu-se melhor e pôde voltar a trabalhar na conservação dos imóveis. Angelo sempre foi muito preocupado com a família e voltado ao crescimento da região em que vive.Na terceira idade, criou o Clube dos Veteranos com cerca de 20 idosos. Sempre foi envolvido com a sociedade. Angelo e Maria, católicos praticantes, frequentavam as cerimônias da igreja todos os domingos.
Redação: RankBrasilConfira a galeria de imagens:
Algumas citações na mídia:
News Rondônia
Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense